domingo, outubro 16, 2005

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Dou comigo a tentar ignorar a falta que me fazes, como se a vida existisse sem saudade entendes?
E faço de conta que nem lembro do que me dizias ou do toque das tuas mãos nas minhas, ou das minhas mãos na tua cabeça, a fazerem-te festas, talvez elas soubessem que ia ser o ultimo toque meu em ti...e hoje, não faz frio lá fora, faz frio, muito frio cá dentro, sinto as mão geladas, tão geladas e fiquei sem as tuas para me aqueçerem.
E lembro-te e relembro-te ao som desta musica, e sei que hoje não me vais limpar as lágrimas, nem amanhã, nem nunca mais,,,,e fico triste por ter de ter sempre saudades do mesmo, dou por mim a olhar para o telemovel na esperança de ver lá o teu nome, e é tudo tão igual a ti, sabe-me tudo a saudade, sabe-me tudo a ti. Foi tão mais fácil culpar-te, quando quem te deixava fugir era eu, quando era eu quem não te olhava nos olhos com medo de me apaixonar, deixar-te desistir, apaixonar-me por esses olhos que me fazem tanta falta, hoje, agora, perco-te. Pergunto-me se terás saudades de mim, ou se pelo menos eu te passo pela lembrança,
. Deixa-me encontrar-te por aí, longe daqui e começar de novo, olhar-te lá no fundo dos olhos e não te deixar fugir, e desta vez guardar cada pedaçinho teu bem guardado, pra ter a certeza que a memória não me falha, que o teu rosto não se desvanesse mais, e que do teu toque, as tuas mãos ainda sei a que sabem. Quis ficar contigo, mas dou por mim a ver o tempo apagar-te, como apaguei o outro, quando ele existia entre mim e ti, tal como tu o soubes-te apagar...É de uma ironia a maneira como te quero agora, logo agora que não posso sequer tentar....
Não seria justo pedir-te para ficar depois de tanto te culpar, depois de tanto fugir de ti....perco-te, perco-me na solidão, naqueles tempos em que gostei e gosto verdadeiramente de ti...foram os nossos tempos tão eternos, tão completos de sorrisos e de abraços cheios da felicidade, foram os nossos tempos, aos quais já nem recordo o que de mau houve, aos quais não recordo como te fui perdendo...Doi-me a tua ausencia, o medo de não te poder ter mais, o medo de ser reduzida a uma memória já quase inexistente, que passa por ti na rua e é mera desconhecida, doi não existir, doi.

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