compreendes lamentando e acho que sou finalmente assim, feita de raiva, medo e dor.
aceitas-me sem te preocupares que mundo trago em mim,
os pensamentos ardem e o coração bate tão pouco
tudo me doi porque já nada habita em mim
não há ninguém a dizer-me o contrário
não me digas que é assim
não mo digas para não me pareçer tão perto do fim
dentro do espelho ainda chove
as gotas cortam e eu mantenho-me firme
fazes-me assim, fria como pedra
fico por tudo o que nos separa
doi e arde e esqueço, já ninguém mora aqui
a minha mente ficou diante de mim
e o espirito caminha livre sem a tua verdade
já não lembro sorrisos nem me tenho a mim nem a ti
suspiro, deixo finalmente de existir
passo a noite vazia e danço, danço diante de mim
as tuas palavras rodopiam carbonizadas na metamorfose cosmica
és poeira e nada
eu sou palavras e só
sou livre das tuas verdades e vontades
e vivo quando já não te grito
nem tu me sufocas
domingo, outubro 19, 2008
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