segunda-feira, dezembro 11, 2006

Olá. Adeus. Olá.

Já nem me importo se vinhas e me abandonavas outravez. se me mentias descaradamente e eu acreditava. se eras tu ou não. tu vinhas. ficavas. e ias. não interessa se a solidão é minha. se a dor é minha. tu vais e fica isso tudo. e eu nem sei quem tu és. diz porra. Diz!! porra. isso faz sentir-me um débil mental. olha olha não me sinto especial. toda gente se devia sentir especial e abraçada e ter alguém a quem chamar amor. e ter amigos. e ter essas coisas e pessoas banais mas especiais. não é? toda gente tem isso. eu nem precisava de uma mão cheia de pessoas. uma chega. uma que me oiça e perceba. acho que tu não me ias perceber. nem ias perceber as minhas lágrimas nem as minhas loucuras e muito menos as minhas palavras. não deves de gostar de loucos fracos que todos abandonam mais que uma vez. isso faz sentir-me usada. e de que importa isso? nem aquilo de que mais gosto sei fazer direito. podia pintar. escrever. olhar-te. milhares de vezes que nunca ia ser perfeito. eu sou feita a preto e branco. provavelmente as cores que tenho na minha camisola não chegam para mim e para ti. nem chegam para mudar nada entre nós. olha. o céu está a chorar. e eu podia estar num passeio a levar com todas as minhas lágrimas e começar a pesar-me em mim em cada poro da minha pele. mas hoje fiquei aqui. hoje e ontem e sábe-se lá quantas mais vezes. eu fiquei aqui. no meu quarto. a porta continua aberta. e consigo ver as lágrimas escorrerem na janela. elas perseguem-me. e se houver algum dia uma enchente eu vou afogar-me em mim e como louca que sou vou dizer olha que bonito que infeliz teve a sorte de se afogar. a cor da camisola não chega para nós. que se foda então se fica só comigo. comigo ela não é nada. eu não sou nada. nada em ninguém. no coração de ninguém. tu devias ser especial. eu também. sabes? tu és especial sempre que me abraças. e eu deixo de o ser quando acordo e tu és mentira. ou quando te vejo distante e real e práticamente inálcansável por eu não ser a tal. por ser apenas a que se sente abandonada e abraçada por alguém que práticamente a deve mandar foder sempre que a vê sonhar acordada a olhar para si. Olha podes quebrar-me mais a alma e deita-la fora as vezes que quiseres porque também deixei de me importar quantas vezes me reciclo por nada. para ninguém.

1 comentário:

Anónimo disse...

Devia ser ou achar-me especial..mas nunca é nada assim. ou pelo menos da maneira que queremos.
nem sei como me achas-te ou se aqui vais voltar mais. mas. fica aqui o agradecimento pela tua visita.*