Os corpos marchavam lentos, levados pela crença milenar. Assim nasceu a grande máquina. Em tempos houve de facto o modernismo. O homem mais racional, menos poluído, mais desmascarado. Não era um coração de plástico, nem um coração mecanizado. ainda não era cinemático. Hoje a demanda foi assassinada por designios maiores de valor menor. A máquina semeia a devassidão entre o homem-fera. Provavelmente seriamos mais férteis nesta terra estéril, não explodisse em nós o barulho surdo da modernidade a abstrata inconsciência da mente desolando a vida em tempos de paz. O homem-fera, a grande máquina, quero dizer, o grande pensamento vazio, esmagado, corroído, despedaçado pela desnecessária necessidade de ter. O homem-fera, a visão amarga. Perdeu o sossego e o perdão, cheira a desastre e a ausência, a velocidade, direi, é esmagadora. O homem-fera não dorme nesta selva cinzenta de animais tristes. O homem-fera esqueçeu o rasto dos ossos que o antecedeu. Luta a céu aberto a descrença milenar.
domingo, abril 04, 2010
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