Este é o traço que traço em redor do teu corpo amado e perdido
Para que cercada sejas minhas
Este é o canto do amor em que te falo
Para que escutando sejas minha
Este é o poema — engano do teu rosto
No qual eu busco a abolição da morte
(Sophia de Mello Breyner Andresen)
( Une femme mariée, Jean Luc-Godard, 1964)
À revelação súbita, ao mistério das suas maravilhosas palavras.
E ao teu suspiro, que me doeu um instante, e agora lembro num labirinto de palavras.
Seria cansaço ou lamento? Como uma primeira impressão que te escapa ao rosto tapado e que não mente.
São 17 e 56, disse-o baixinho. Olhei-te e repeti em voz alta, são 17 e 56 e só depois percebi que isso não se diz.
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