sábado, maio 26, 2007

Na realidade, sem rodeios, sem dramas, sem ironias, sem um monte de merdas que distorçam aquilo que quero, pareçe e devo dizer. na realidade estou-me a acabar, hoje vou dize-lo de novo. não sei o que se passa. derrepente voltou a estupida vontade de me sentir especial. na verdade voltou, e foda-se isto outravez, voltou a comparação com outros, voltou o sentir-me menor. voltou a realidade fria sem tempo para me habituar. também voltaram as paranoias. mesmo tendo parecido sempre isso. voltou o desistir e um choro incontrolável. voltei a precisar de tudo. sabia tanto que ia vir tudo de rajada quando menos esperava. sabia tão bem que estava numa queda imparável. num sonho maldito de que nunca consigo fugir. voltei ao limite. ou ao inicio. ou ao que quer que isto seja. volta a repetir-se vezes e vezes sem conta sem conseguir uma única vez evitar. eu estava a comer a minha dor. a mastiga-la infinitamente. ecoa sempre que vou cair. ecoa sempre e nem sempre posso comigo aqui dentro. quero tanto sair daqui. de mim. tenho medo de parar de cair e de voltar a cair. tenho medo de repetir vezes e vezes sem conta até à exaustão. eu não quero a exaustão. não quero. nem quero ter medo dela por estar a quere-la neste momento. estou a suplicar por calma e por paz. isto nunca acaba. nunca chega a ter um fim. eu não quero felicidade. não quero essa maldita. só não quero estar eternamente neste estado apático ou num histerismo desesperante e acabar com tudo. não sei porque te deixo levar-me a isto. a deixar-me cair. quase não pareçe importar que me faças isso. não importa. claro que não. a minha insanidade chegou a isto. a deixar-te fazer-me mal. a nem sequer gostar de mim. é por isso que não presto. não te valho nada. nem um olhar. nem uma palavra. nem uma lembrança. não te queria a doer desta maneira. não me queria a desgostar de mim assim. eu já não sei mais o que quero. menos ter-te aqui. só és dor e dor. e odio por mim. como podia ter-te aqui a odiar-me? não podia. não podia e tu tens de ir embora de mim, por mim. só eu te posso tirar daqui. mas parei de saber agir. paralizei. eu falei no colapso mental. e na queda e na dor. e em ti. eu sabia que voltou de novo. eu sabia e nem sequer fui a tempo de me impedir. não consegui parar. olha para mim. quando é que me ias ver assim. eu sou assim. e se dantes não prestava não é agora que suplico paz e calma a mim própria que estou melhor. isto nunca vai melhor. a queda não pára. a Marta não pára. a loucura não pára e muito menos vai embora.

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