Nada será como nunca foi. e haverá coisa mais obvia e tão inaceitável? é bem mais fácil imaginar-se um lugar acolhedor. um abraço aconchegante. olhar uma qualquer pessoa, que por alguma razão nos diz tanto, ser-nos afinal alguma coisa. quantas vezes posso eu ter-me imaginado a tocar piano. ainda vou a tempo de fazê-lo. porque não? a desculpa de se dizer que é tarde demais é demasiado aceitável para alguém como eu me dizer que isso é mentira. que já não há vontade para mudar. nem sequer quero força para tal. ás vezes só se quer desistir de tudo. pareçe só vontade de querer mudar. mudar de vez e acabar com tudo. desaprender a existir. não saber de mais nada. quer-se isso. mas isso não se pode. isso ninguém nos dá. nunca mais. isso nunca mais se renova. não como uma troca. é preciso saber começar sem nunca ter ensinado como se começa a ter vida sem ela sequer ter parado. vamos. corre. vive rápido desta vez e talzes vás caber no teu número que te deixou ficar para trás. grita qualquer coisa que te valha apena. se te doi grita. não te quero ver a rasgar. não quero implusões de dor. as tuas perolas negras estão cada vez mais tristes. já ninguém te vê Marta. estás sempre no chão a viver o que não tens, rasgas-te tanto com mentiras que te entram pela cabeça dentro. não te doi o coração. isso não te fere mais? ou será que não queres mais ver-te sentir e chorar? precisas tanto de te amarrar a esse piano hoje e de te lembrares do nada que és. quanto queres mudar que não chegas a mudar. doi-te e fere-te ver. doi e fere ver tudo a viver menos tu que te deixas ficar. larga o chão e o piano. e esqueçe a dor. já não te magoa o suficiente saber que só tu saberás aquilo que realmente és.....
pega no gato branco ao colo e faz de conta que vives.
ele vem pela porta de casa e age como se de uma pessoa se trata-se. e tu gritas-lhe. e tu deitas-te à beira dele e chóras. e falas-lhe. sempre lhe falas-te. e pedes-lhe desculpas. ele é o gato branco que entra pela porta da frente de casa.
pega no gato branco ao colo e faz de conta que vives.
ele vem pela porta de casa e age como se de uma pessoa se trata-se. e tu gritas-lhe. e tu deitas-te à beira dele e chóras. e falas-lhe. sempre lhe falas-te. e pedes-lhe desculpas. ele é o gato branco que entra pela porta da frente de casa.
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