Toda a racionalidade em peso não vai alterar o egoismo anterior que me fez recusar todas e quaisquer pessoas. não consigo ser racional comigo e tento ser com os outros. deve ser por isso que nada resulta. que grito cada vez mais com os meus pais. como se tivessem culpa de alguma coisa. a verdade é que são os únicos a quem sequer posso gritar. gritar, falar e esse contacto todo directo. é nesta altura que tomo consciência da minha falta de vida. sou uma inútil. e não a minha necessidade não é ter quem me ame. é ter alguem para amar. é alguém ter com quem discutir racionalmente e a quem pedir desculpas. alguém a quem possa contar uma novidade, alguem a quem possa contar a minha simples e pequena felicidade por um nada, e ter um sorriso enorme estampado e receber um de volta. porra. quantas vezes sonhei com isto. há quanto tempo não tenho isto? fui-me desvalorizando porque quando se perde estes tais pequenos nadas perde-se o chão. o chão todo. sem um resto que valha apena pisar. tenho-me a mim, em cima de mim, a gritar dentro de mim. e isso importa? de que importa receber uma novidade e sentir aquela felicidade repentina que a primeira coisa que queremos fazer é partilhar. isso deixou de existir. e quantas vezes houveram coisas para partilhar. quantas vezes já fugi das novidades e felicidade acabada de chegar só porque sorrir sem partilhar não me faz o minimo sentido. é disso que sinto falta. não é que gostem de mim. é que eu goste deles.
segunda-feira, março 19, 2007
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