Sabes muito bem que esse "olá" nunca vai soar com normalidade. não sei se sentiste o tempo passar-te desta vez. finalmente. sim finalmente consegues ver. tu crias-te a tua situação e tu corrigiste a tua situação. mas sabes que mais meu caro? o velho hábito foi tanto nosso que não me agrada nem um bocadito aquilo que queres ser. não te censuro por quereres que gostem de ti. talvez te censure por chegares tarde demais e só porque a vida te viu e passou. e claro que te quero ver feliz. a ti e a ela. e a nós. acho que entretanto eu faço o mesmo que tu e quando passar meio século como teve de passar para ti e eu tiver visto a vida ultrapassar-me e a felicidade tão distante eu darei esse "olá" tal como me tens dado a mim. e nessa altura já não vais ser tu e ela. vamos ser nós. quando eu te der esse "olá" e vocês já estiverem do lado de lá eu serei uma cópia tua, sangue do teu sangue e sangue do dela também. eu em cima do chão vocês dentro da terra. e é esta a nossa crua e fria realidade. não se gosta. claro que não.
sexta-feira, março 02, 2007
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