Ele faz-me sempre pensar que não sou nada. Fala como se fosse o dono da razão. Acha que tem o direito de julgar a maneira de sentir dos outros. Acha que sofre mais. Ele sofre sempre mais. Eu só finjo que sofro. Acha que tenho prazer em sofrer. Quem me dera sabes? Quem me dera. Assim não sofria queria só sofrer. Diferenças. Apesar de tudo ele sabe sentir. Distinguir as mentiras. Cai em contradição. Mas continua a ser ele. E não. Não me acho melhor. São tudo ironias e sarcasmos. Não queres só que te diga "olá eu sou uma merda de pessoa". Não digo mas penso. Não digo porque acho triste demais. Nem sei. Mas é que podes achar que gosto de sofrer. De ser deprimente. Eu era alguma coisa sociável um dia. Até que me perdi. Eu perdi-me. Ouvis-te? Perdi-me. Não gosto disto. Não tenho prazer nisto. E tu dizes o que dizes. Sabes muito e não sabes nada. E isso até deixava de fazer de ti o senhor sabedoria. Mas és tu. E tu tens sempre razão e és sempre melhor que eu. Porque eu deixei de ser uma coisinha sociavél para ser uma coisinha que chora, grita e quase nunca ri. Gostas? Gostas da minha verdade?
Eu não. Apeteçe-te rir de mim? Achas que minto quando escrevo? Então ri porque tu és o dono da verdade e da razão e eu não me acho nada.
Eu não. Apeteçe-te rir de mim? Achas que minto quando escrevo? Então ri porque tu és o dono da verdade e da razão e eu não me acho nada.
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