olá monstro! olá. Apetece-me bater-te. Já não sei se sou eu ou és tu. Eu quero matar-te. Eu quero fugir-te. E tu estas aqui. Só te posso matar então. Não sei se és tu que és vazio ou se sou eu. Tenho medo de pensar que tu me comandas e me enlouqueçes. Tenho-te medo por me fazeres assim. sou fraca e dominada por ti. Tenho medo de ti. Tu não estavas aqui quando eu estava no baloiço ou no banco de jardim de mãos dadas. Tu nunca estavas aqui dentro de mim. Tomas-te-me de assalto e agora eu sou tua. E digo "olá eu sou um monstro porque tenho um dentro de mim". Eu só te tenho a ti. Ou a mim. E tenho de te matar pra fugir de ti. Deixas-me triste monstro é por isso que não gosto de ti. Fazes-me desapontar as pessoas. Não gosto de ti. Não gosto. Eu peço-te por favor e com voz calma pra saires e tu sais. Sais? Tu passas a vida a gritar-me e a fazer-me gritar. E sinto-me vazia contigo aqui. Vejo-me ao espelho cada vez mais miserável e vazia. Devia ver-te lá dentro do meu olhar. Mas não estás lá. e nem sei se sou eu ou se és tu. E se não és tu sou só eu. Tenho de matar-te monstro. Eu sou só uma pequena coisa miserável com um monstro dentro de mim. Isso serve de desculpa pra dizer que não sou eu quando sou. Dantes tinha estrelas dentro de mim apesar de ser uma pequena coisa era menos miserável.
domingo, novembro 19, 2006
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário