quinta-feira, outubro 18, 2007

abraça-me.
eu vi a morte esta noite. e soube o que era o medo.
Por haver quem ousasse dizer que queria morrer
não me estenderam as mãos.

Viram-me invevitávelmente miserável
Perceberam que por fim
a minha imitação perfeita se viu livre de prazeres

Nem por isso se riram
da minha inconsciênte irresponsabilidade
ou das minhas mãos trémulas
que tentava recolher desesperadamente.

Não era nada comigo
ou nada com eles.
Nada que não soubesse-mos.

Eu tinha-a aqui resguardada a espreitar.
Inalava do seu frio
e mergulhava na nossa dor.

Nada comigo. nada contigo.
nada aqui.
nada aqui que não fosse mais que o medo
mais que a dor.
menos que o medo.
o medo.
algum dia algo mais que dor.

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