cránio despedaçado
o mundo é meu, os olhares são meus
raro momento
em que ossos são meus e estão esmagados
devo ter ficado melhor que na fotografia
o sangue quente
a queda final
sem medo
o contra tempo
já não sou uma pobre coitada
que viaja desesperada em si
cheguei
sou eu!
eu!
toca-me a pele muda.
a boca silenciada
sem melodias gritantes
distorcidas
errantes
imperceptivel
leva-me
só a alguns
nunca quis o mundo em mim, nem o toque de tudo e todos
insignificante demasiado
leva
leva tudo
dá-me de beber aos olhos sedentos por verdade
não fui o melhor de mim
castiga-me
impermiabilidade
insanidade
veneno quente que jorrou
perfurou
imprópria
plástico bidimencional
transpõe
inclausurada na dor
o meio.
o medo.
o asfalto negro.
a massificação
o seguimento.
o insurgimento.
fingimento
e as cópias.
um mundo de cópias de flashes velhos que se repetem.
inconsciêntes
indolores
eu.
um murro no estomago.
e as flores e as borboletas
repetidas em particulares belezas que não se imitam.
uma falsa simbologia.
um falso seguimento.
o engano.
o entrave
o asfalto negro e seco.
a decepção
sublime e nunca doce
a descoberta
a partilha
a insignificante partilha
a insegurança
e todos os in's que surgem, constantes.
disperça.
direcção
a beleza do simples.
a dificuldade do simples.
a pena de chegar tarde.
ou a pena tardia?
a espera
a loucura.
o entusiasmo.
a descoberta tardia.
não chegou.
ou chegou?
a indiferença
a revolta.
o egoismo descarado ou o esqueçimento?
a espera.
o relativismo.
a incerteza.
os dedos cansados.
as palavras repetidas na loucura
e na espera
a tinta seca
a alma insensível
sucumbe
falta-me tudo
tudo!
o fim da bateria
o colapso mental
o botão.
o café.
a adrenalina
a calma.
a canção.
a loucura das palavras. insánas.
(des)necessárias.
a lenta desilusão.
espreita.
vem ao de leve.
e retoma.
ou toma-me de vez.
a corbardia de não fugir.
um telhado com perspetiva.
estáctica.
vazia.
estendida.
acobardo-me neste escape sem me conseguir afogar.
de olhos fechados.
longe da relva.
perto céu. sem um deus.
sem ninguém a tocar-me os dedos.
abrir as mãos.
sonhar palavras de outubro.
com a queda do dia.
e das folhas.
a imerssão.
o flutuar perfeito
um sorriso num fim de tarde.
a certeza, num dia.
num telhado.
de olhos fechados.
os defeitos extraordinários.
extraordináriamente admirados.
o confronto final.
o (re)conhecimento de tudo.
a desleixada dor.
travada.
incapaz de sobrepôr a conformidade.
a desistencia final na minha luta.
o eu que flutua. de olhos semi abertos.
que ainda teme. de mãos abertas. de dedos cansados. de alma dorida.
o confuso misterioso estupidamente saboreado ao pormenor.
o sublinhar de tudo.
domingo, outubro 14, 2007
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