quinta-feira, maio 25, 2006

E eles?!?


Eles não mereciam chorar...
E eu muito menos devia chorar com eles...como se a lágrima de um levasse a outro e chegasse a mim. e eu a usasse pra chorar por as mesmas razões que eles e por as minhas ao mesmo tempo.
Os meninos não deviam chorar....porra eles não mereciam. Olhares de desilusão não devia caber neles. Nem eles deviam saber o que isso é. Derrepente consegues senti-los perdidos. Derrepente perco-me. e giro como uma criança á chuva. e o mundo gira e gira ainda mais de força. e puffa cai-se pro lado como se fosse adormeçer ali mesmo com o mundo a girar cá dentro. pra depois ficar com a sensação de fraqueza e aquele desalento mesmo sem lá estar.



domingo, maio 21, 2006

[...Apesar de tudo, todos os dias te escrevo. Te digo que o céu continua riscado de cores e laçado de nuvens. Que as nuvens continuam a chorar e que os peixem ainda não voam. Que continuo a ouvir os passos rente ao mar, presos na areia. Que as gaivotas agora ganem de fome e que os meus ossos já se começaram a rasgar de medo. De morrer. Como tu. E como todos os outros que não morrem mas morrem. Que vivem mas eu não os vejo viver. Que as minhas letras já não se encontram. Que já não consigo fazer palavras. Que as minhas palavras já não fazem frases. Que as minhas frases já não fazem sentido. Às vezes estico a mão até ao coração e tento rasgá-lo. Quero ver se ainda moram poemas lá dentro. Outras estico-a até ao céu e tento chegar às nuvens. Ou aos sonhos. Ou a ti. Queria tanto dizer-te que os meus dedos esgravatam a memória para te encontrar. Que agora o frio me trepa o corpo. E que a saudade me varre os olhos. E que os sonhos me levam o coração. Queria tanto dizer-te que o meu sangue já não é vermelho. Que, lá fora, é outra vez Verão. Como no ano em que morreste...]

domingo, maio 14, 2006

quarta-feira, maio 10, 2006

Como se só coubesse aqui a palavra fracasso.

Sabem que mais???
Viva à porra da vida...que por detrás de tanta imputência, incapacidade, fraqueza e mais alguma coisa à mistura não deixa de ser má.
E viva e viva ainda mais, pela porra do dia em que nasci.
Podiam perguntar-nos se queria-mos vir fazer parte deste mundo de pessoas com mascaras sociais.
Ou não!?
Secalhar a estranha sou só eu.
Que bom para os outros então.
E se todos tivessemos esta visão da vida....hmmm....ia ser mau.
Ou vamos lá pegar na caixinha da depressão e votar o hoje e o amanha e o depois e o asseguir
Pra ficar assim.
Como agora.
A rebentar.
A desabafar.
Pra depois tornar a enxer. A sonhar. A chorar. e no fim voltar ao mesmo desabafar.

É que já não me cabe dentro dos olhos aquele lugar, onde estava eu e tu.
E acho cada vez mais que nunca vou ser o suficientemente boa pro que quer que seja. Como se só coubesse aqui a palavra fracasso.
E escrevo o que me vem á cabeça, porque só assim é que olho e vejo....porra se alguém me falasse assim da vida, só me soubesse dizer que é e vai ser um fracasso...ia dar cabo da cabeça a esse alguém.

É uma sensação estupida realmente. Era pegar em mim e dar-me uma chapada pra acordar. Qualquer coisa.
E nunca faço nada de nada. Sei lá. O problema é a eterna solidão. Acha-mos sempre que sózinhos não se vai a lado nenhum. Ainda mais agora acho isso. Até sonhar sózinha não é o mesmo que ter alguem pra partilhar um pensamento, uma ideia, uma coisa qualquer. Mas não. Hoje em dia anda toda gente muito ocupada. Ou outras estão com demasiado tempo e demasiadas ideias sem ninguém pra ouvir uma unica palavra. Ou mesmo quando há alguém, esse alguém é colega. Porque não se tem amigos. E colegas e amigos nunca é a mesma coisa.