quarta-feira, fevereiro 28, 2007

A pressa...aquela pressa toda de quem vive a correr. A minha pressa quase pareçe viver a correr para morrer mais depressa. Onde estava eu à 10 anos? Porquê que não pegaram em mim e desenvolveram qualquer coisa de mim. qualquer coisa de útil. todos têm um dom. todos sabem fazer uma coisa melhor. todos sabem que gostam de uma coisa em particular e aí que se agarram e lutam. podia pensar que não tiveram os mesmos problemas que eu e que tiveram tudo na idade exactamente precisa para desenvolver as suas capacidades. mas não pode ser essa a desculpa ou a causa. fico farta de pensar "merda marta não tens nenhum dom, não sabes fazer nada de forma especial porque é daquilo que realmente gostas", isto levava qualquer um a pensar o que diabo faz aqui afinal. faltam meses para escolheres imagina lá tu aquilo que queres fazer no futuro. na tua vida. é claro que podes mudar, mas chega a uma altura em que não podes mudar. gostas de análise financeira, da bolsa e de tudo o que dela advém mas não tens ganância suficiente penso eu. saí de ecónomia e resta-me apenas dedicar-me a ser mais uma autodidacta. podia ir para a academia militar pensava eu até saber que o que curso nem lá é admitido. injusto ou não é a pura realidade. durante uns anos pensei em Direito mas mudei de ideias e advogados há muitos e não que goste muito deles por assim dizer. direito fora de questão. psicologia. ora se estudasse o suficiente provávelmente teria média para entrar. o facto é que um valor ou dois são precisos e outro facto é que me deixam ir o primeiro ano para a particular, mas analisando bem, e depois de ver "mais ou menos" as disciplinas e o que pretendem nelas desenvolver seria obrigada a expôr aquilo que sou da maneira que sou e na verdade não me encontro preparada para isso. gosto de pintar. não gasto dinheiro em telas e as tintas acabaram e não me apeteçe gastar dinheiro nelas também. nunca foi algo que imaginei fazer, não a tempo inteiro. a escrita. podia fazer comunicação e aí aprender realmente a escrever. mas não. não quero. não gosto. nem me apeteçe fazer comunicação. espero continuar nas escritas. como sempre fiz. escrever para mim. e por fim. as culturas orientais e a minha mais provável escolha. sim. apeteçe-me aprender japonês e mandarim. fascina-me a ideia de ir para o Japão ou China daqui e três ou quatro anos e lá viver. quero aprender tudo sobre o que fui estudando aqui e ali mas nunca mais que isso. caí no erro ou não de contar livremente que era isso que queria e claro que a mente pouco aberta das pessoas só deu para o risinho mais palerma do mundo. não pensei no dinheiro. como disse falta-me a ganância precisa na bolsa. sei perfeitamente que não há emprego. não imagino muitas saidas neste curso. gosto dele e vou fazê-lo talvez. e até seja loucura ou não. mas eu sou incerta ou instável e não encontro nada de especial. estamos a dar Luis Sttau Monteiro. e a a primeira coisa que achei foi que me identifico com ele. não na escrita como é obvio. mas na multiplicidade de gostos e práticas. foi de todo possível para ele. não que o seja para mim. mas gosto de pensar que é normal tanta variedade e indecisão enquanto não for mera insatisfação por me cansar ou por pouco empenho. serão bons tantos gostos quando não há um dom que nos tenha cabido ou que sequer saibamos ter?

terça-feira, fevereiro 20, 2007

Porquê que gritam? Porquê? Fizeram questão de esconder a vossa infelicidade tantos anos. hoje já posso ver. hoje já cresci. hoje já não faz mal se ouço porcarias atrás de porcarias. insultos e odio. será que não percebem que fazem tudo ao contrário. não há nada que vos possa dizer. merda. torna-se tão impossivel estar-se aqui a ouvir gritos. conseguem matar-se tanto por dentro. conseguem matar tanto agora. tentaram fugir sempre. pra matar agora tudo de uma vez. até que ponto achavam que ia durar o vosso odio. até que ponto se escondem mentiras só porque os laços foram feitos. nenhum de vós tem o direito de arruinar nada. nem de destruir mais ninguém. sempre fizeram isso a vós mesmos. e não, eu não quero mais perceber o que raio vos leva a gritar e destruir tudo. agora. agora que passou tanto tempo cansaram-se da vossa infelicidade. a infelicidade que sempre nos acompanhou.

eu não quero perceber. nem pertençer a isto. hoje ainda não sou uma menina crescida por isso façam o favor de saboriar o silêncio e caso queiram falar façam-no pelo olhar. isso chega para tanto. só preciso que não gritem. eu não quero nem vou crescer só porque se decidem odiar de uma vez só passado tantos anos. isto é um "não incomodar" colado na cabeça porque fazem questão de ignorar os das portas deste labirinto sombrio que é a nossa casa.
ainda bem que me esgotaram. e me levaram a este cansaço interminável. não fazem ideia do vazio. do eco dos vossos gritos no vazio. somos a nossa ruina perfeita. se não o somos pareçemos tanto. eu quero esqueçer isto tudo. todos.

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Take another little piece of my

Didn't i make you feel, oh baby, like you were the only one
Baby didn't i give you nearly everything that a woman possibly can
Honey you know that i did
Cos each time i tell myself that i, i think i've had enough
Oh, i am gonna show you baby, that a woman can be tough

I want you to come on, come on, come on, come on
And take it, take another little piece of my heart now baby
Break it, break another little bit of my heart now darling
Yeah, have a, have another little piece of my heart now baby
Cos you know you got it and it makes you feel good
Yes it does

Yeah you're out on the street, babe you're looking good
Deep down in your heart, you know that it ain't right
No, no
Cos you never never never hear me when i cry out at night
Honey i cry all the time
And each time i tell myself that i can stand the pain
Oh you take me in your arms, i sing it once again

I want you to come on, come on, come on, come on
And take it, take another little piece of my heart now baby
Break it, break another little bit of my heart now darling, yeah
Have a, have another little piece of my heart now baby
Cos you know you got it, it makes you feel --
It makes you feel so good
Babe makes you feel so, it makes you wow
You know sometimes it makes you feel so... good

Come on, come on, come on, come on
And take it, take another little piece of my heart now baby
Break it, break another little bit of my heart now darling
Darling yeah, have a, have another little piece of my heart now baby
Cos you know you got it, wow hey-yeah

Take another little piece of my
Another little piece of my heart baby
Break it, break another little bit of my heart now, oh now
Have a, have another little piece of my heart now baby
Cos you know you got it, it makes you feel --
Baby if it makes you feel so good, yeah


Janis Joplin

o calendário indica claramente ás pessoas quando é que se devem de lembrar dos outros. eles seguem-no à risca. não vá alguém queixar-se por falta de atenção. não que isso aconteça hoje, esse aglomerado de pessoas lembrou-se porque o calendário o diz. hoje não são faliveis. hoje são um amor. um amor hipócrita e frio. um amor obrigatório. acho-os demasiadamente infelizes assim. tu és um boneco e eu sou a tua boneca. eu mostro-te e tu mostras-me e fazemos o par perfeito. vi coisas assim hoje. sempre as vi e destesto este tipo de teatro ou obrigatoriedade. não que seja tudo assim, mas há muita coisa assim.

o amor não vive aqui. nem a marta (esse peso morto que cometeu suicidio mental).
eu sou uma triste e miserável imperfeita. obcecada com o corpo. invejo sorrisos (dos olhos) e não um todo numa pessoa. e depois? a tristeza não tem necessáriamente de ser uma imperfeição.
dance. dance.

terça-feira, fevereiro 13, 2007

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

sábado, fevereiro 10, 2007

boa noite marta. começava assim o dia. cheio de apatia e era só mais um ser automático ou automatizado, como lhe queiram chamar. os dias começam e acabam sem sentido. ao contrário do que é normal a loucura é que chega repentinamente e quase nunca dura tempo suficiente para saber de mim.
"eu sou forte" repito. "eu não me arrependo de nada só do que não fiz". porra marta. mas que merda mais ridicula. felizmente deixaste-te disso. as palavras estão cansadas. e repetidas. apeteçe-me matar isto. ontem ou lá quando foi apetecia-te dançar e ele nem veio para te fazer companhia. nem para te ver. os medos levam-te a pensar que nunca mais te quer ver. toda a vida viveste amedrontada pelo abandono. e foi isso que tiveste sempre. a casa dos teus pais tornou-se uma espécie de labirinto e só sabes o caminho do teu quarto. és uma cabra pra eles. mas eles também queriam sempre mais e mais. queriam que fosses a melhor e agora és o contrário disso. não te preocupas mais com a desilusão que és. a tua figura está uma lástima, isto para não dizer um nojo. Secalhar achaste que escresveres aqui ia adiantar de algo. ou que alguém te vinha buscar ao quarto e levar-te arrastada para o mundo e obrigar-te a viver. mas não é nada assim. pois não? achas que podes ser essas coisa pequena que pensa com o coração? achar? podes sê-lo aí no teu quarto ou na banheira onde choras. mas não podes viver numa merda de desespero apático, nem falares pra ti como estás a fazer. já nem te lembras como vieste aqui parar.nem queres voltar a ser o que eras, só queres ter o que tinhas. doeu tudo porque tinha de doer. falas sempre na perfeição e nas palavras. mas não vales nada nisso. penduras-te numa música e choras o dia todo se for preciso. porra. isso não é vida. nem estes monólogos servem de alguma coisa. nem as paixoes por desconheçidos. ele arranhou-te o mais que pôde. mas isso passou. e tu ficas-te nessa dor e não te resta mais nada. não tens amigos. não tens nada de novo para contar. merda marta. porquê que não lutas mais?

merda de monólogo. não me apeteçe mais isto. sem coerência. enfim. fodeu-se. ou não sei.
boa noite.

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Não te apeteçe dançar agora? Esta música quer-nos a morrer nas paredes. Esta música quer-nos a morrer. I hate you now, this is not love....canta, vamos, canta. Canta e morre. Apeteçe-me dançar e ver-nos rodar. vamos rodar e morrer. e sentir a realidade como ela é. a parede fria a carne quente. a parede fria a carne fria. a canção gélida. e as coisas mudaram. ela canta-nos i love you now this is not hate. Ela é confusa e tem a voz quente. eu gosto-nos aqui na parede. E um belo foda-se agora. porque te queria aqui a ver-me dançar. queria deixar-te ver-me a sentir-te....eu deixava-te...e depois nós dançava-mos só os dois outravez...e ia cantar tudo outravez...tudo...i hate you now...i love you now...this is not love....this is not love..

a podridão da minha mente anda a revelar-se..e a dor estraga sempre tudo,que merda, sim, que merda, as coisas não mudam, apteçe-me viver por isso vamos dançar enquanto quero...devias despachar-te enquanto a vontade de desviver não volta, ela levou-me a esta podridão e hoje eu quero sentir-me viva e cantar e dançar.

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

palavras mortas meu caro. e sentimentos e tristezas. tudo desorganizado. paciência com descontentamento. reflexão. implosão. os olhos rebentão e foge-nos o coração.
ao que sei as palavras foram-se. aqui tudo se perde.

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

é nestas alturas em que me digo. foda-se marta és uma inutil. devias estar lá ou a fazer uma coisa qualquer de jeito. foste inutil toda a vida. já podias ter carta e não tens. amanha tens de ir trabalhar e não sabes como. a mãe está no hospital e o pai por azar tem um cancro. tu na verdade foste sempre mais um empecilho. a tua irma ao menos é util. e nem dá trabalho. já nem cá vive. e depois ainda tens a lata de sofrer e pensar em merdas neste momento. foda-se marta. não devias dar-te sequer ao trabalho de existir. sua mente esquizofrénica e bipolar. és defacto uma inutil e já devias saber que nestas alturas tu és a unica pessoa a não poder desesperar. esperas marta. que a mama volta sempre. ela sempre olhou por ti. por isso ela vem.


cansada. e a desabafar aqui nas palavras. inutil. congelada sábe-se lá aonde e sempre demasiado sózinha. a vida pode ser mais merdente do que aquilo que é realmente. a marta está bem. quem a rodeia está mal. a marta pode ficar bem?