sexta-feira, setembro 21, 2007

o ideal era ir vestir um traje de gente grande, pôr um sorriso parolo na cara e fazer de conta que tudo vai bem.
quanto a ontem, vá-se lá saber do que foi ontem, eu quero é um amanhã, ou um ano mais tarde até se assim puder ser. eu continuo aqui sem te ver e não, não me apeteçe mais tomar conta de mim e muito menos tomar conta de ti.
se não nos temos, é assim que ficamos. rio-me de nós. palerma. tão palerma quanto o traje e o sorriso. não sei o que vem depois. sempre quis que assim fosse. tudo previsivel. tudo sob o meu controle. e agora fico-me parada em mais um dia. como tu no teu amor de ontem. fui apanhada de surpresa. fiquei desamparada quando tu afinal sempre soubeste que o teu amor algum dia tinha de ir. maldita hora em que tive eu de ficar. é só um ano. um ano. tenho quase 19. devia escrever cartas à minha mãe, pedir-lhe desculpa por este ano e pelo traje grande que ainda não sou. ainda assim, eu sou pior que o teu amor de ontem. menos inesperado mas mais dorida.
queria eu ser isso. sem nunca sequer ter sido a pretendida ou a tal de que todos falamos e sabemos desejar ser.

segunda-feira, setembro 17, 2007

mais um ano.
a marta fecha os olhos e sustem a respiração.










eu hei-de voltar a saber o que é de mim.
ou quem sabe talvez não.

um ano é muito.
e eu só estou cansada.

terça-feira, setembro 11, 2007

Consegues ver-me sem aquela incerteza e acreditar?

Só era preciso perceberes para que lado pendo. que estou disposta a tombar para eu própria saber. não é errado. não faz mal. só se trata de arriscar. talvez, mais do que tu, gostasse de ter essa certeza absoluta de tudo e por tudo. mas eu sou isto, incerta, e se duvidar como todas as vezes, não me quero sujeitar aos teus sonhos, às tuas dúvidas e medos. só me quero ficar por mim e ter a certeza do quanto posso, quero e devo seguir isto.

quarta-feira, setembro 05, 2007

vamos é comer gelado e sorrir o resto são vontades e coisas más, uns nomes sem importância e gente inconsciênte.
até porque o teclado está confuso dentro da cabeça, o puro, o simples, os nomes. estão doentes, inflamados, a inchar sem espaço por dentro.

não achas muito chato quando a vida sabe a restos? não achas muito chato pareçer e cheirar a resto?
isso devia incomodar a sério, e o teclado inflamado também.
mas a voz decidiu falhar mesmo no momento em que desafina. é estupido um resto despreocupado cheio de problemas momentaneos.
eu disse bem que a máquina estava em colapso mental. duras o tempo suficiente para ficares de mãos dadas.
agarrada a uma lembrança mental mal formada.
erro.. desligou..ligou..apagou..
formatação em curso.
as maos dadas? era suposto tornar a saber o que elas são?
quem mas deu? e o regresso a casa é para quando?
descodifica e retoma.
coisas más. sempre coisas más que não sabemos que são más.
viver de olhos fechados é fácil. implodir é fácil.
comer gelado e sorrir é como correr de mãos dadas e olhos fechados, cair na relva e sentir o verde e o azul.