A marta está magoada mas prefere não saber porquê. Doem-lhe os braços e os olhos pedem palavras. Tudo lhe pede algo seguro sobre a dor. Diz que passa. Diz que acalma e nunca mais lembra. Diz que pára e fica na tua imagem, estagnada e perfeita de dor. Rompe os olhos e o riso foi-se. Sabe-se lá quando e porque volta. não pior nem melhor que o rasgo. é dor e acabou. é minha, parece pertencer ao meu ser que não ri, nem corroi, nem floresce uma única vez. sou de dor, como pedra, não morre nunca mais em mim, não vai além do vazio que pouco trás. Volta com força e rasga. De que importas? Os abraços e as mãos quentes que precisas tornaram-se frios. Um dia morre e deixa de doer, isso podes guardar e lembrar, o resto tenta esqueçer, faz de conta que o mundo deixou de doer. dorme num sonho querida marta. dorme para parar de doer.
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