sábado, outubro 16, 2010

Dia de todos os demónios

Sabes que a Marta perdeu a lucidez. Tiveram de passar dois dias, dois para te ridicularizar, culpar, esquecer, riscar. E agora acordou. Acordaste e não és ninguém. Porque te neguei infinitamente. Tenho medo, já não existes.  Tenho medo da fragilidade. E das pessoas. Preciso-te. Temo tanto a solidão, meu amor. 



Achas que vale a pena esperar? Ou a saída é o telhado? 

Estou tão cansada. E tenho a solidão estendida no chão. Hoje, agora, duas e cinco, sinto. E tudo o que sinto é dor. 


Quando é que chega, afinal, o dia indolor?










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