domingo, outubro 10, 2010

Sou uma anémona-menina


A presença das pessoas incomoda-me. Seja ela física ou não. Na maioria das vezes ou me aborrecem de morte ou me provocam um nervosismo, uma ansiedade de tal modo desconcertante que mal sei agir. É uma coisa ridícula, bem sei. Mas é também uma coisa que me transcende. 
E isto tudo para dizer, afinal, o quê? 
Que após 21 anos de um longo e exaustivo raciocínio (sim, sou atormentada desde que nasci! (sorriso malicioso)), concluí que não gosto de pessoas, tirando umas quantas que nem contam por já estarem mortas. 
A outra conclusão, ou direi antes, a verdadeira conclusão da única razão que fez escrever sobre isto, é que me incomoda receber visitas no blogue. Sim, até isso. Já sinto o nervosismo estúpido e muito característico da minha pessoa. Não tivesse tido eu a iluminação de criar mais um blogue, porque isto de escrever a preto e branco tem dias em que incomoda, portanto, resolvi escrever sobre azul e ser uma anémona-menina . O resultado foi uma referência à tão pequena e recém nascida anémona-menina por parte de um blogue que acompanho. O que levou a uma também pequena afluência de pessoas. Dito isto, e numa situação paradoxal, estou verdadeiramente aborrecida por saber que alguém me pode ler. É questionável se a finalidade de escrever é ser-se lido. Depende do indivíduo e da sua necessidade. Quanto a mim, julgo que não se adequa. Só quero ler, não quero ser lida.

Isto vem  confirmar que abomino pessoas e que já não posso ser uma anémona-menina. 

E olha que eu ainda era um feto, mergulhada em liquido amniótico de pó de ouro e magia. Diabos para as pessoas e os seus olhos que me obrigam a ser séria!

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